A JÜRA é uma das principais revelações destes últimos tempos da música portuguesa, mas este ano parece ser um ano muito especial. Muita visibilidade em eventos como a atuação na abertura dos PLAY – Prémios da Música Portuguesa, ser escolhida como artista MTV Push, participação nos concertos de Diogo Piçarra… Este está a ser um ano de sonho para a JÜRA? Eram as etapas que tinhas como objetivo nesta fase da tua carreira?
É verdade, toda a flor que se rega cresce e é o que tem vindo a acontecer. Não tenho objetivos traçados, continuo a querer fazer o que faço, ser feliz a fazê-lo, expressar-me e criar, explorar. O sucesso e as oportunidades que daí vêm são a consequência boa da coisa.
Este é, provavelmente, o ano onde ouvimos falar mais da JÜRA, mas isto não começou agora, porque desde 2019 que há edições tuas de algumas canções. Podes falar um pouco do teu início como artista? O que te fez trazer para o mundo da música e como conseguiste conquistar o teu espaço no meio?
Acho que o espaço foi conquistado pela minha sinceridade, como pessoa e consequentemente na minha arte. Aceitar-me como sou e explorar isso faz com que o que faça não se assemelhe a outros.
Sempre fui ligada à expressão artística, passei pela dança, teatro, circo e tudo isso tem música. Sou ligada ao som desde pequena. Sempre adorei inventar melodias conectadas ao que sinto. Há melodia juntaram-se as palavras e do nada, canções.
Não é fácil definir imediatamente a música que fazes. Penso que não lhe poderemos chamar simplesmente de Pop, ou R&B, ou Hip-Hip… Talvez seja um cruzamento de todos estes estilos, certo? Como é que tu defines/vês/sentes o teu estilo de som?
Exatamente. É isso mesmo. Também nunca soube associar-me a estilo nenhum. Mas hoje consigo encaixar-me no universo pop mais alternativo.
Estás segura que é com este estilo que vais dar os próximos passos? Ou estás aberta a fazer desvios no rumo musical como ultimamente artistas como Beyoncé ou Taylor Swift fizeram do R&B para o Country, ou do Country para a Pop…?
Estou segura de que o meu estilo será sempre a liberdade. De criar sem medo. De dar o som aos sentimentos como os sinto, seja lá isso o que for. Só se sabe depois de criar. ahah
Vais atuar no NOS ALIVE e no MEO Mares Vivas, são mais dois passos importantes na tua evolução como artista? Atuando em espaços maiores?
Sempre a subir escadinhas. Preparada pra continuar a subir.
Imaginas-te um dia como cabeça de cartaz de um NOS Alive, Rock in Rio ou um grande Festival de Verão?
Claro.
És uma artista que gosta mais de estar em casa ou num estúdio tranquilamente a fazer e a criar a tua música até chegar ao momento em que acontece o resultado final, ou pelo contrário, vês como ponto alto, mais prazeroso, estar à frente do público a cantar ao vivo e mostrar as tuas criações?
Amo os dois. Não tem mesmo nada haver uma coisa com outra.
Amo criar com calma mas também amo estar em palco a partilhar momentos com power.
A Jüra tem uma figura/estilo muito próprio e cuidado. É uma área a que dás muito importância, a moda/design? ou é apenas um complemento para o som e música que produzes ou que fazes?
Olha, sou só eu. ahah. Sempre fui assim, sempre gostei de me arranjar, de cuidar de mim. E assim se criou a minha identidade visual, com o tempo, que também vai ser sempre sobre a liberdade de me deixar ser.
O que é que a música “Milagre” tem para que se tornasse num sucesso? Porque achas que foi esta que se tornou mais conhecida e não uma outra que já tenhas gravado?
hmmmm, eu sinto que é pela ginga que tem e pela mensagem, empoderada.
É fresca e o beat, bem afro do Blaeckfull, está numa onda que agarra logo os ouvintes.
O álbum “sortaminha” saiu há cerca de 1 mês. Naturalmente que poderás gostar ou ter mais afinidade com uma outra canção. Achas que essas canções que mais gostas do álbum, corresponderam àquelas que estás a receber melhor feedback?
Não. ahah é sempre uma surpresa.
O que podemos esperar do concerto do próximo de 5 de julho em Porto de Mós?
Hidratem-se! Este álbum tem muita energia e eu adoro multiplicá-la. Vamos celebrar a vida juntos. Saltar, dançar e gritar o amor.